segunda-feira, 3 de maio de 2010

No escuro me sinto segurα

Preto, rosa e talvez lilás. Blue jeans desbotada, all star e fones de ouvido. Simple Plan, My Chemical Romance e Evanescence. Um tanto de insanidade. Corações, caveiras e flores.


Amor, ódio, desilusão, dor. Lágrimas, sorrisos. Fotos em preto e branco que ninguém nunca vai ver. Cartas cobertas de sangue que ninguém nunca vai ler. Coração partido. Mente confusa.


Cabelos tingidos, sentimentos feridos, dores escondidas, medos ocultos. Esperanças acesas e luzes apagadas. Gritos e lágrimas no quarto escuro, sozinha à meia noite. Incompreensão.


Emo, gótica, ou qualquer outro tipo de nome que queiram dar a alguém que veste preto, ouve rock e fala de sentimentos. Impaciencia para títulos e rótulos. Contradição.


Um pouco menina, um pouco mulher. Guerras de travesseiro, festas do pijama e banho de chuva. Problemas, preocupações e responsabilidades. Amigos e solidão. Luz e trevas. Medo do desconhecido. Desejo de mudar.


Sonhos, ilusões e estrelas. Vontade de voar, de alcançar o céu. Certeza de que não deve tirar os pés do chão. Saudade de pessoas, lugares, perfumes, sensações. Desejo de voltar no tempo e fazer tudo de novo. Certeza de que fez o que era certo.


Impulso de roubá-lo e levá-lo para longe, impedir que qualquer um o machuque. Consciência de que seus sentimentos o machucaram, mesmo contra sua vontade. Triste sensação de que machucará mais alguém importante. Dor. Angústia. Culpa.


No final, nada disso importa; nada disso a define, embora diga o que ela sente no momento. No final, ela é apenas uma parte ínfima da poeira cósmica com a qual é feita o universo.

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